PROPOSTAS PRIORIZADAS

Durante a Conferência Municipal de Saúde das Mulheres foram votadas 24 propostas para representarem Porto Alegre nas Conferências Estadual e Nacional de Saúde das Mulheres.

Eixo I - O papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres

PROPOSTA (1º Lugar)
Defender a manutenção das conquistas e dos direitos atuais das trabalhadoras (es) e lutar contra as reformas da previdência e trabalhista, a privatização, a terceirização e a entrada do capital estrangeiro no SUS e toda e qualquer retirada de direitos.
NÚMERO DE VOTOS: 24

PROPOSTA   (2º Lugar)
Realizar a auditoria cidadã da dívida pública em todas as esferas de governo e publicizar os resultados de forma acessível por diferentes recursos e meios de comunicação.
NÚMERO DE VOTOS: 24

PROPOSTA    (3º Lugar)
Reafirmar o Estado Democrático de Direito fortalecendo a democracia e o SUS e SUAS como condições de promoção de saúde.
NÚMERO DE VOTOS: 20

PROPOSTA   (4º Lugar)
Garantir investimentos e orçamento público para a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de tecnologia e para a implementação da política nacional de saúde da mulher considerando as especificidades geracionais, de raça/etnia, identidade de gênero, orientação sexual, mulheres com deficiência, privadas de liberdade, vivendo com HIV/Aids, mulheres rurais, pescadoras artesanais e em situação de rua.
NÚMERO DE VOTOS: 15

PROPOSTA (5º Lugar)
Reconhecer as comunidades tradicionais de pescadores, os territórios de pesca e as mulheres pescadoras profissionais artesanais, que além da pescaria, cuidam da casa, dos filhos, do pescado e dos petrechos de pesca.
NÚMERO DE VOTOS: 11

PROPOSTA   (6º Lugar)
Garantir conforme legislação vigente que o aborto seja tratado como uma questão de saúde pública e que todas as mulheres que necessitem deste serviço tenham acesso. Defendemos o aborto legal e seguro.
NÚMERO DE VOTOS: 7

PROPOSTA
Implementar com prioridade a Lei Maria da Penha, garantindo financiamento próprio.
NÚMERO DE VOTOS: 4

PROPOSTA
Ampliar as feiras ecológicas, oportunizando aos usuários consumirem alimentos saudáveis produzidos no seu território fomentando a cultura da agroecologia, garantido mais acesso aos agricultores à capacitações. Avançar nas discussões sobre áreas livres de agrotóxico na região rural da cidade.
NÚMERO DE VOTOS: 3
  
PROPOSTA
Excluir a saúde dos limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei complementar 101, de 04 de maio de 2000.
NÚMERO DE VOTOS: 0

PROPOSTA
Incluir gênero e raça na concepção de saúde.
NÚMERO DE VOTOS: 4


Eixo II - O mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres

PROPOSTA    (1º Lugar)
Garantir e fortalecer a educação permanente das/dos trabalhadores em saúde de todas as categorias, das questões referentes à população negra, tais como registro do quesito raça/cor, saúde e racismo, atendendo as especificidades desta população, visando o atendimento integral das mulheres negras no combate ao racismo institucional e outras formas de discriminação.
NÚMERO DE VOTOS: 27

PROPOSTA  (2º Lugar)
Instituir a obrigatoriedade da ampliação do auxílio maternidade para 6 meses em todas as empresas e instituições públicas e privadas (Âmbito; municipal, estadual e nacional), em caso de internação do recém-nascido em UTI Neonatal.
NÚMERO DE VOTOS: 17

PROPOSTA   (3º Lugar)
Garantir e fortalecer as políticas públicas de Saúde das Mulheres trabalhadoras assegurando que os direitos previstos na Constituição Federal de 1988 e na CLT sejam mantidos e ampliados.
NÚMERO DE VOTOS: 15

PROPOSTA   (4º Lugar)
Qualificar os trabalhadores do SUS com base na Política Nacional de Humanização por meio da Educação Permanente constante reflexão dos processos de trabalho fundamentada na perspectiva das reflexões de gênero, da divisão sexual do trabalho, da geração e de raça e etnia, assédio moral e violência de gênero, em todos os serviços de saúde. (Nacional, Estadual e Municipal).
NÚMERO DE VOTOS: 9

PROPOSTA    (5º Lugar)
Garantir o direito de acesso aos serviços de saúde para as mulheres trabalhadoras de instituições públicas e privadas sem prejuízo dos direitos trabalhistas.
NÚMERO DE VOTOS: 3

PROPOSTA  (5º lugar)
Garantir acesso e integralidade do cuidado às famílias de pescadoras(es) e trabalhadoras(es) rurais.
NÚMERO DE VOTOS: 3

*PROPOSTAS 5 E 6 UNIFICADAS
Garantir o direito de acesso aos serviços de saúde e integralidade do cuidado para as mulheres trabalhadoras de instituições públicas e privadas e às famílias de pescadoras(es) e trabalhadoras(es) rurais, sem prejuízo dos direitos trabalhistas.

PROPOSTA   (6º Lugar)
Possibilitar inserção dos movimentos sociais nas capacitações da força de trabalho da saúde, educação e assistência social, no âmbito nacional, estadual e municipal, levando em conta a expertise e vivências nas temáticas de HIV/AIDS, racismo, violência contra as mulheres, transfobia, lesbofobia, uso de álcool e outras drogas, deficiências, juventude, dentre outras temáticas.
NÚMERO DE VOTOS: 3

PROPOSTA 8
Ampliar e fortalecer os serviços de saúde do trabalhador (CEREST) de formar que estes sejam capazes de atender as especificidades da saúde da mulher de seus múltiplos atravessamentos de classe, raça, gênero, sexualidade, etnia, mulheres com deficiência e etc (Nacional, Estadual e Municipal)
NÚMERO DE VOTOS: 1

PROPOSTA 9                    
Instituir como obrigatório que os serviços de saúde do trabalhador realizem levantamento semestral dos dados sobre as causas do adoecimento no trabalho com recorte de gênero/raça/etnia e geração e publicizá-los.
NÚMERO DE VOTOS: 0

PROPOSTA 10
Incluir pescadoras(es) e trabalhadoras(es) rurais em grupo prioritário para recebimento de imunizações
NÚMERO DE VOTOS: 0


Eixo III - Vulnerabilidades nos ciclos de vida das mulheres na Política Nacional de Atenção Integral a Saúde das Mulheres

PROPOSTA 1  (1º Lugar)
Incluir o aborto legal como prioridade política municipal de saúde, com a criação de mecanismos na gestão municipal que apresentem, entre suas metas e ações, os seguintes itens:
1 – A criação de um fluxograma municipal de atendimento para os casos de aborto legal, bem como sua divulgação e disponibilização às unidades de saúde (fisicamente em UBS’s e serviços de emergência por acesso remoto via serviços de telemedicina e websites oficiais);
2 – Nas equipes responsáveis pelo atendimento de casos de aborto legal em serviços de referência, implementar o impedimento à contratação de profissionais que apresentem objeção de consciência para a realização de procedimentos. A secretaria de saúde, através do plano municipal de saúde, por meio da elaboração e aplicação de um termo de não objeção de consciência, obter consentimento de todos os plantonistas do serviço em questão para garantia do acesso do aborto legal;
3 – A ampla distribuição de anticoncepção de emergência em todos os serviços de atendimento de saúde do município;
 4 – A elaboração de uma cartilha à população sobre aborto legal e seu fluxo de atendimento, a ser disponibilizada nas UBS e emergências;
5 – A formação de uma equipe multidisciplinar de referência disponível para atuar na capacitação dos profissionais de saúde para o atendimento e encaminhamento de casos de aborto legal, seja em forma de consultoria presencial ou à distância ou como equipe itinerante de capacitação;
6 – A criação de um serviço telefônico, com número amplamente divulgado nos veículos de mídia de grande alcance, para informar e esclarecer quanto a direitos da mulher, centros de referência para atendimento, profilaxia pós exposição, anticoncepção de emergência e outras dúvidas;
7 – A produção de materiais sobre violência sexual, aborto legal e direito sexual e reprodutivo da mulher que serão divulgados a população através de campanhas na televisão, jornais, rádio e Internet.
NÚMERO DE VOTOS: 66

PROPOSTA  (2º Lugar)
Implementar ações dirigidas e afirmativas para mulheres vivendo com HIV/AIDS (cis e trans), jovens, adultas e idosas; lésbicas e bissexuais; negras e indígenas; com deficiência; usuárias de álcool e outras drogas; profissionais do sexo; trabalhadoras das cidades, campo, águas e florestas; ciganas; quilombolas; pescadoras; extrativistas; de favela; em situação de rua; trabalhadoras rurais; e outras com maior suscetibilidade para o adoecimento para garantir: acesso rápido e com qualidade a exames de densiometria óssea, dosagem hormonal, exames neurológicos e cardiológicos; melhoria nos relatórios específicos de gênero, raça/cor, violência contra a mulher e sua relação com a infecção do HIV, promoção ao respeito dos direitos sexuais e reprodutivos nos serviços de saúde em sua integralidade, para além do sexo seguro, gravidez, maternidade e reprodução humana assistida.
NÚMERO DE VOTOS: 57

PROPOSTA   (3º Lugar)
Acessibilidade universal no atendimento à mulheres com deficiência, inclusive com o cumprimento da carta dos direitos dos usuários da saúde, no direito do sigilo e discrição do atendimento ao paciente, garantindo para isso intérprete de libras e tecnologias assistivas para cegas, surdas e surdo-cegas, garantindo formação específica de profissionais da área de saúde, que devem incluir a identidade da mulher com deficiência entre as diversidades humanas, reconhecendo a relação indissociável entre educação e garantia de direitos.
NÚMERO DE VOTOS: 47

PROPOSTA (4º Lugar)
Garantir o atendimento às necessidades em saúde mental das mulheres nos diferentes ciclos de vida, priorizando às populações vulneráveis (mulheres privadas de liberdade, situação de rua, institucionalizadas, vítimas de violência) em todos os componentes da rede de atenção psicossocial.
NÚMERO DE VOTOS: 46

PROPOSTA (5º Lugar)
Garantir a atenção integral e intersetorial dos direitos humanos das mulheres, com relação aos direitos sexuais e reprodutivos, destacando-se a necessidade urgente da alteração da legislação federal 9263/96 suprimindo a obrigatoriedade do consentimento do companheiro para a realização da laqueadura tubária, fortalecendo a autonomia da mulher e a equidade considerando suas diferentes representações.
NÚMERO DE VOTOS: 38

PROPOSTA  (6º Lugar)
Qualificar a rede de proteção e saúde em todos os níveis de complexidade na atenção às violências nos diferentes ciclos vitais (criança, adolescente, adulta, mulher gestante, puerpério, idoso) em seus modos e condições de vida (profissionais do sexo, mulheres em situação de rua, mulheres com deficiência e outras situações de vulnerabilidade), utilizando como uma das estratégias a educação permanente dos profissionais e garantindo que a temática da violência seja um eixo transversal nas políticas de gestão em nível municipal.
NÚMERO DE VOTOS: 32

PROPOSTA                   
Garantir o atendimento de urgência e deslocamento através do SAMU aos doentes falciformes em crise com a criação de protocolo específico para atendimento a usuários com esta condição
NÚMERO DE VOTOS: 16

PROPOSTA
Implementação e/ou fortalecimento dos serviços de atendimento a saúde da mulher previstos na Lei Maria da (lei nº 11340/06) na busca da construção e efetivação de uma rede de enfrentamento à violência contra as mulheres com o objetivo de alcançar uma atuação articulada entre as instituições/serviços governamentais, não governamentais e a comunidade, buscando o desenvolvimento de estratégias efetivas de prevenção e de políticas que propiciem o empoderamento e construção da autonomia das mulheres, os seus direitos humanos, a responsabilização dos agressores e a assistência qualificada às mulheres em situação de violência.
NÚMERO DE VOTOS: 14

PROPOSTA                       
Criar e/ou efetivar nos municípios uma política diferenciada de saúde para as comunidades das zonas rurais, comunidades tradicionais (povos indígenas, quilombolas, pescadoras(es), profissionais artesanais), garantindo o atendimento adequado, de acordo com as particularidades de cada público específico tais como:
- Garantir acesso às famílias das agricultoras/trabalhadoras ruras, e das pescadoras profissionais artesanais às vacinas da gripe e demais vacinas, devido a exposição a intemperes, aos animais peçonhentos.
NÚMERO DE VOTOS: 04


Eixo IV – Políticas Públicas para Mulheres e Participação Social

PROPOSTA   (1° lugar)
Implantar e implementar política publica que garanta o empoderamento sobre sexualidade e gênero desde a escola.
NÚMERO DE VOTOS: 51

PROPOSTA   (2° lugar)
Garantir a manutenção e estimular a participação das mulheres nos espaços e instâncias de Controle Social para monitoramento e aperfeiçoamento das políticas públicas.
NÚMERO DE VOTOS: 30

PROPOSTA (3° lugar)
Realizar mapeamento das vulnerabilidades das mulheres com deficiência no território de atendimento primário municipal, coletando dados epidemiológicos, e que inclua as transversalidades: social/classe, raça/etnia, geração, mulheres negras, indígenas, de diferentes orientações sexuais, em situação de rua, albergadas, em privação de liberdade.
NÚMERO DE VOTOS: 28

PROPOSTA    (4° lugar)
Criar Política de combate ao racismo institucional, com ações de formação para todos os seguimentos do SUS.
NÚMERO DE VOTOS: 22

PROPOSTA   (5° lugar)
Fortalecer e garantir a implementação das Portarias Municipal, Estadual e Nacional das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), e incluir no atendimento as mulheres com deficiência, como parte de reabilitação continuada e tratamento de dor crônicas.
NÚMERO DE VOTOS: 19

PROPOSTA    (6° lugar)
Implementar políticas públicas que contemplem os princípios do SUS (universalidade, equidade e integralidade) levando em consideração critérios epidemiológicos de acordo com raça/cor, geração, orientação sexual, identidade de gênero e jovens adolescentes em situação de violência doméstica.
NÚMERO DE VOTOS: 13

PROPOSTA
Implementar capacitação continuada dos profissionais de saúde nas especificidades relativas às mulheres com deficiência, pois decisões tardias podem ser agravantes na condição geral de saúde, e o atendimento com baixa qualificação no sistema de saúde constitui violência contra a mulher com deficiência.
NÚMERO DE VOTOS: 9

PROPOSTA
Garantir e monitorar o acesso às mulheres em situação de violência à cirurgia restaurativa prevista em lei com orçamento e serviços adequados.
NÚMERO DE VOTOS: 6
  
PROPOSTA
Realizar atividades de formação política e de educação popular sobre direitos sociais e o papel do Estado, de forma articulada com os movimentos sociais e descentralizadas em escolas associações, presídios e outros espaços comunitários, através dos conselhos de saúde. (Âmbito; municipal, estadual e nacional).
NÚMERO DE VOTOS: 5

PROPOSTA
Garantir que as políticas públicas direcionadas as mulheres indígenas tenham caráter permanente, independente das mudanças de gestão nos órgãos públicos.
NÚMERO DE VOTOS: 1

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